
A transformação tecnológica do agronegócio brasileiro aliada ao aquecimento do mercado global aumentam a demanda profissionais técnicos. Segundo, levantamento feito pela Michael Page, o número de contratações feitas pela consultoria cresceu 30% no primeiro semestre deste ano, em relação ao mesmo período do ano ado. b6t1d
Setor básico para sustentação da vida e, portanto, menos suscetível aos impactos da crise causada pelo novo coronavírus, o agronegócio, segundo Stephano Dedini, gerente executivo da Michael Page, tende a ser um dos motores do emprego no país também neste segundo semestre. “Teremos um crescimento ainda maior nas contratações”, afirma. De acordo com o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), a projeção é de crescimento de 2,5% do PIB do agronegócio em 2020, em um cenário de expectativa de retração de 6% para o PIB geral do Brasil.
Agricultura de precisão, melhoria de performance genética, alimentação mais natural do gado e uma série de novidades trazidas pela nova geração de fazendeiros dão sustentabilidade a esse movimento.
Os subsetores mais aquecidos, segundo o executivo, são de produção de soja, milho e grãos em geral, proteína e também o de implementos agrícolas. Produtores de soja comemoram neste ano a maior produção da história do Brasil.
“Quando falamos de soja, milho e proteína, a cotação do dólar ajuda já que somos exportadores. China e Estados Unidos são consumidores ferrenhos dessas commodities e têm problemas de produção interna”, explica.
Profissionais aptos a entender a realidade do consumidor final dos produtos e que consigam fazer a tradução dessa necessidade em melhoria de performance produtiva são os que se destacam, em toda cadeia agro, segundo Stephano.
Mobilidade é um fator importante e as regiões Sudeste, Centro-Oeste e Sul têm absorvido o maior número de profissionais, embora a fruticultura do Nordeste também seja foco de contratações.
O levantamento destaca quatro cargos como os mais relevantes nesse momento. Segundo Stephano, gerentes de vendas e de território são os mais procurados. Confira o perfil e os salários oferecidos:
Engenheiro de Aplicação e e
O que faz: elo técnico entre cliente e empresa, desenvolvendo soluções de TI/automação para garantir o melhor desempenho de máquinas e equipamentos no campo, desde drones, sistemas de TI, geomonitoramento e automatização.
Perfil da vaga: forte profundidade técnica em TI, eletrônica e mecânica, e capacidade de entendimento de necessidades e customizações necessárias para cada cliente, com foco em resolução de problemas e melhorias.
Salário: R﹩ 6 mil a R﹩ 11 mil
Motivo para alta em 2020: a conexão entre hardware e software tem sido foco de desenvolvimento de novos produtos e aplicações e sistemas no setor do agronegócio, inclusive com várias startups do segmento.
Coordenador de Manutenção
O que faz: responsável por garantir disponibilidade dos equipamentos industriais, com viés de manutenção preventiva e preditiva, gerenciando custos e recursos de pessoas da área.
Perfil da vaga: além de conhecimento técnico profundo é importante a gestão e liderança de equipes e turnos, com olhar de performance e foco em resultado.
Salário: R﹩ 9 mil a R﹩ 12 mil
Motivo para alta em 2020: com o aumento da necessidade de desempenho industrial, aumento de volume e de turnos, a gestão preventiva busca o melhor desempenho dos maquinários, evitando paradas não-programadas. A gestão de times maiores tem se tornado tema recorrente em todos os subsegmentos do Agro.
Gerente Vendas/Gerente de território
O que faz: esses profissionais possuem forte conhecimento do dia a dia dos clientes e buscam soluções e equipamentos que podem melhorar o desempenho do cliente, tendo também papel importante de direcionar as estruturas de pesquisa e desenvolvimento para que os novos produtos sejam alinhados com as necessidades do mercado.
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Perfil da vaga: visão técnica e de vendas, com ótimo relacionamento com o cliente final, além do olhar de soluções e transformação para fomentar a agricultura de precisão no cliente final.
Salário: R﹩ 15 mil a R﹩ 20 mil
Motivo para alta em 2020: o movimento de aumento de desempenho no campo está diretamente ligado à capacidade de entrega de resultados, sendo um dos pilares para o crescimento do produtor. Estar próximo do cliente final e garantir o apoio e eficiência no atendimento são requisitos cruciais.
Gerente de Produto e/ou assuntos regulatórios
O que faz: esses profissionais são capazes de alavancar as áreas de negócios, melhorar desempenho operacional, além de trabalhar, desenvolver e registrar novos produtos no país.
Perfil da vaga: forte profundidade técnica no segmento de atuação da empresa, bom entendimento das leis e órgãos regulatórios do setor, além de entendimento da necessidade final do cliente, formam um profissional com a capacidade necessária para inovar produtor no setor.
Salário: R﹩ 20 mil a R﹩ 30 mil
Motivo para alta em 2020: o desenvolvimento de novas moléculas e produtos para a melhoria de desempenho no campo tem ganhado forte intensidade no mundo.
Fonte: vocês/a
Por Camila Pati
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